O hospital é um dos projetos mais complexos entre as edificações arquitetônicas. Trata-se de um edifício plurifacetado onde interagem diversas relações de alta tecnologia e processos completos de atuação profissional (serviços médicos, administrativos e complementares) com outras de características industriais (lavanderia, nutrição, transporte etc.).
Um edifício deste tamanho é mais bem benéfico se construído em um único pavimento. No entanto, a norma recomenda que a ocupação máxima do terreno seja de cerca de 50%, previsto no caso de uma expansão futura. Por outro lado, o grande espaço necessário para este tipo de edifício é grande: pelo menos 60 metros quadrados por leito. Assim, por exemplo, um hospital com 100 leitos terá 6.000 metros quadrados e exigirá 12.000 metros quadrados de terreno ou 1,2 HA. Esse é um grande desafio, pois não existem tantas áreas adequadas em cidades médios e grandes portes.
Portanto, a verticalização se deve, em razão à dificuldade de disponibilidade de terrenos. Ressalta-se que com terrenos de tamanho suficiente, a verticalização só é recomendada em hospitais com mais de 200 leitos, devido aos longos percursos que então solicitam um edifício verticalizado.
Ao escolher a verticalização do edifício, exigirá teor ainda mais técnico do projetista para dimensionar com prudência, em qual área se dará a verticalização. O projetista deve ter cuidado para medir a força ou o grau de verticalização que ocorre, como aumento de custos a ser considerado, a possibilidade de incêndio (evacuação grave de pacientes), problemas com elevadores, pessoal e procedimentos de serviço e abastecimento de materiais.
Apostar na verticalização hospitalar dependerá do rigor normativo, das políticas públicas locais, das motivações de interesse e disponibilidade de recursos e infraestrutura. Mas quando os objetivos são atingidos, seguramente torna o serviço de saúde mais robusto, desde que haja investimentos em arquitetura humanizada, reformas em estruturas antiquadas para atendimento e manutenção à saúde dos pacientes.